quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pegadas instantâneas

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Um lugar desconhecido, perto do mar, sem grandes concentrações urbanas, sem cartões postais, pouca população. No meio desse nada morava uma criança que tentava se divertir em meio aquele lugar cheio de nada. Em algum canto daquele lugar morava um homem que escondia o rosto. Esse homem assustava o menino pelo seu mistério.

Pela manhã de um dia que não se sabe, o menino andando pela praia em busca de felicidade encontrou uma trilha à beira do mar, porém ela era cheia de lodo e plantas espinhosas, e no final o aguardava uma pedra de frente para uma bela vista, onde parecia poder ver além do horizonte. O homem que escondia o rosto disse ao menino para não ir aquele lugar, mas ele não deu ouvidos com medo do homem. Porém aquela pedra estava insegura e a qualquer momento poderia se soltar e cair ao mar.
Mas o menino não se importava com o lodo que o fazia escorregar, as plantas espinhosas nem mesmo a pedra prestes a ir de encontro ao mar. Ele todos os dias seguia aquela trilha, era a sua satisfação. Precisava ir aquele lugar todos os dias.

Preso à solidão, a ilusão da trilha o fazia pensar que a felicidade estaria após o caminho espinhoso, ao olhar o horizonte além-mar.
Mas um dia, ao cumprir seu protocolo diário, o menino ao passar pelo lodo acaba escorregando e caindo. Ao levantar, foi machucado pelas plantas espinhosas, mas não desistiu. Quando chegou enfim ao lugar do êxtase, se viu em uma situação dificil: A pedra insegura tombou, e deu um grito assustado tão alto que parecia ir além do horizonte.

O homem que escondia o rosto ouviu o grito desesperado do menino e correu ao seu encontro, porém não queria seguir a trilha e perguntou de longe ao menino se estava tudo bem. O medo que o menino tinha de cair no mar era tão grande quanto o medo que sentia do homem que escondia o rosto, e mesmo em um momento desesperador o menino parou pra pensar em alternativas: Dizer que está em perigo e aguardar o auxílio do homem que escondia o rosto, que poderia enfim revelar-se, ou cair no mar levando consigo a solidão de toda uma vida breve.

O Homem que escondia o rosto sabendo que não ouviria resposta imediata, aconselhou: Você foi além de onde poderia, eu avisei e todas as vezes que tentava me aproximar para mostrar meu rosto vc fugia. Agora você deverá escolher entre cair no mar e dar um fim imediato em sua vida ou voltar e ver o que tem de novo para você durante esse pouco tempo que lhe resta... As Plantas eram venenosas, e não há quem possa curar.

7 Response to Pegadas instantâneas

17 de novembro de 2010 às 00:50

Lol. mto linda a história, amei *-------*

17 de novembro de 2010 às 00:58

Inspiradíssimo...e foda!

17 de novembro de 2010 às 03:54

Pow, sei lá mané...

17 de novembro de 2010 às 22:51

Uow, que bonito. Mandou bem. Geralmente crianças (eu acredito que era uma criança) não tem finais tristes. Essa pelo jeito ou morria rápido ou podia viver um pouquinho mais. IOUSDFHUFI Dieguito Darkness. LOL

17 de novembro de 2010 às 23:22

Puxa vida q história diferente mano! Mas é a "sua cara" =)

21 de novembro de 2010 às 14:26

Se eu fosse o menino eu cairia com a pedra no mar... Nada contra conhecer o homem que escondia o rosto... mas eu morreria com meu "Amor"...Gostei do conto.

21 de novembro de 2010 às 15:02

Doiderão menó ! Tu é o cara ! Beeijos ! ;D

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