segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Carta que o amor me enviou.

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Eu não quero saber se você fala bem português, inglês, italiano e francês, e nem tampouco se o anjo Gabriel ou o Arcanjo Miguel e os Seres Viventes ensinaram você a falar em línguas de anjos.

Me interessa saber se você aprendeu a falar o meu idioma, onde não há linguagem e nem som; embora por toda a terra se faça ouvir a minha voz.

Eu não quero saber se você tem o dom de predizer o futuro, ou de enxergar dentro dos corações; ou se tem tanta fé, que nada para você seja impossível; nem ainda me interesso em saber quantas coisas você sabe; e nem o quão sábia é a sua apreciação da existência.

A mim apenas interessa saber o que você construiu em você, e viu acerca de si mesmo, e conquistou em seu próprio coração...e qual foi a matéria prima.

Eu não quero saber o quão solidário você foi com as causas populares, ou com as questões de direitos humanos. Também não me preocupo se você já demonstrou ou não seu espírito sacrificial; nem me interessa saber se você empobreceu de tanto dar o que tinha para os outros.

Me interessa saber é se alguma coisa, ou o quê, você fez em mim.

Eu nunca pude estar até hoje plenamente em você.

Você não espera nada além de alguma espera; você não crê tudo, pois ainda desconfia; você é muito sensível para o mal que lhe tentam fazer; nem tudo você suporta...

Você se ressente de alguns males, você se exaspera, você arde em alguns ciúmes; você é benigno, mas ainda cansa do bem; e o seu sentir lampeja...ainda sem a completa obediência à sua consciência.

Fique sabendo que, por enquanto, é assim mesmo; pois, neste momento da caminhada, toda percepção é parcial e todo poder só se experimenta para o bem se for em fraqueza.

Nada se vê com clareza. O mais sábio, o mais profeta e o mais visionário, ainda enxergam embaçado.


Mas um dia tudo o que hoje é em parte, será feito pleno.

Nesse dia, Diego, você vai me conhecer como eu conheço você; e você me verá como eu vejo você.

Por enquanto, não desista; pois nada há de bem-bom e bom-bem nesta terra, se não for aquilo que proceda da fé e da esperança.

Mas há ainda algo sempre maior a conhecer. Conhecer esse algo maior é a vida. Tudo é importante. Mas nada há mais importante que me conhecer.

E, meu filho, nunca esqueça, preciso lembrar a você que eu sou o único dogma que existe. Sabe por que? Porque Deus é amor!

Agora, continue...

É assim mesmo...sem ver, porém conquistando.

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